Crash and the Boys é o nome da banda fictícia no filme Scott Pilgrim Contra o Mundo, dirigido por Edgar Wright em 2010. A banda é formada por quatro membros, que são apresentados rapidamente durante o filme, antes de serem brutalmente assassinados no palco por um antagonista da história. No entanto, apesar do pouco tempo em tela, a banda deixou uma impressão duradoura nos espectadores. Infelizmente, não foi uma impressão positiva.

Por que Crash and the Boys é odiado?

A resposta é simples: a banda é irritante, desagradável e, acima de tudo, inútil. Assim que a música começa, fica claro que a banda não tem talento e não merece a atenção que recebe. Além disso, os membros da banda são pouco atraentes e agem de forma arrogante, como se fossem melhores que todo mundo. Eles são um exemplo perfeito do que muitos dizem ser a razão pela qual a cena musical underground às vezes é tão difícil de suportar.

No entanto, existe outra camada para o ódio que sentimos por Crash and the Boys.

Contexto cultural

Ao assistir o filme, é difícil não reconhecer a semelhança entre a banda e outras bandas fictícias que aparecem em filmes e programas de TV. A abordagem cômica e caricatural de Crash and the Boys pode ser vista como uma paródia dessas bandas e do próprio mundo da cultura pop.

A tradição de bandas fictícias no cinema remonta a décadas, com exemplos como The Monkees dos anos 60, The Wonders dos anos 90 no filme The Wonders - O Sonho Não Acabou, e mais recentemente The Lone Rangers no filme Airheads. Em cada caso, a banda é apresentada como um grupo de desajustados com pouca ou nenhuma habilidade musical real. A comédia vem da ideia de que qualquer um pode formar uma banda, mesmo sem habilidade ou talento.

No entanto, a presença dessas bandas fictícias também levanta questões sobre a forma como a indústria da música é vista. Por que tantas pessoas estão dispostas a pagar para assistir e ouvir bandas ruins e sem talento? Qual é o valor real da música em nossa sociedade?

Como Crash and the Boys se encaixa nessa tradição?

Embora a banda em si seja irritante, o personagem principal do filme, Scott Pilgrim, é seu maior fã. Ele acredita que a banda é incrível e tenta convencer seus amigos a vê-los se apresentar. Isso ressalta a ideia de que a música é subjetiva e que o valor de uma banda é determinado pelo indivíduo que a escuta.

Ao mesmo tempo, a banda também é um reflexo do mundo em que vivemos, onde qualquer pessoa pode se tornar uma celebridade instantânea, mesmo sem habilidade ou talento real. O ódio que sentimos por Crash and the Boys pode ser visto como uma reação à cultura do culto da celebridade e à perda de valor das habilidades e talentos reais.

Conclusão

Crash and the Boys pode ser uma banda irritante e desagradável, que não merece a atenção que recebe no filme. No entanto, a presença da banda também ressalta questões culturais mais amplas sobre a indústria da música e a valorização da habilidade e do talento real. Além disso, a banda é um exemplo da tradição de bandas fictícias no cinema, que destaca a ideia de que qualquer um pode alcançar fama e sucesso, mesmo sem habilidade ou talento real. Enquanto a música é subjetiva, a presença de bandas como Crash and the Boys nos faz questionar o que realmente valorizamos na música e na cultura pop em geral.